quinta-feira, 14 de outubro de 2010

SWU leva milhares de jovens a discutir a sustentabilidade

"Começa com você" – essa foi a mensagem levada pelo movimento SWU para as 164,5 mil pessoas que prestigiaram os três dias do festival Music & Arts. Grandes atrações musicais nacionais e internacionais dividiram as atenções com debates e discussões entre os jovens que participaram dos fóruns e as personalidades que levaram as suas propostas de soluções, oportunidades, ideais e experiências para um mundo mais sustentável.

Com a convicção de que pequenas atitudes geram grandes mudanças, há quatro meses o movimento busca mobilizar e informar a sociedade por meio de diversas mídias, ações de mobilização em redes sociais, TV, rádio, flash mobs, concurso culturale ações de guerrilha.

Durante os dias de festival, uma série de iniciativas lembrava a quem estava presente o real objetivo do evento: trazer à tona o debate da sustentabilidade. Por isso, em todas as ações promovidas havia embutido o conceito de práticas mais sustentáveis, como a questão da reciclagem no labirinto formado por lixo, a alternativa das energias limpas noespaço para carregar celular, e até de moda sustentável, no posto de troca de roupas.

A carona solidária, proposta pela organização, fez com que grande parte dos 30 mil carros presentes levassem mais de quatro passageiros. Mais do que consciência ecológica, os motoristas estavam de olho na economia de 50% no valor do estacionamento. Os participantes ainda utilizaram os 800 ônibus e 500 vans disponíveis, e teve até quem foi de bicicleta para o evento.

Ainda foi possível interagir com algumas instalações e aprender na prática como é possível, por exemplo, gerar energia elétrica através do movimento de bicicletas ou como funciona uma central de reciclagem. Por trás de cada ação estava um exemplo de atitude que pode ser reaplicada em nosso dia a dia.

Mas como nem tudo é perfeito, principalmente em eventos de grande porte, alguns princípios de preservação socioambiental ficaram de fora. Um exemplo foi a grande quantidade de lixo gerada pelas embalagens descartadas, que deixou claro que o primeiro dos três “Rs” (que propõe a redução da geração de lixo) não foi posto em prática – ainda que tudo tenha sido encaminhado para reciclagem.

Também foram questionados o valor dos ingressos, a falta de chuveiro no camping, os desencontros de informações por parte dos organizadores, a qualidade do som em alguns shows e os longos engarrafamentos na volta para casa logo no primeiro dia. Críticas e soluções a serem discutidas para que haja um evento realmente sustentável.

Fórum Global de Sustentabilidade

Parte desse debate aconteceu durante os fóruns promovidos durante os três dias de evento - um dos pontos altos do festival SWU. Grandes nomes nacionais e internacionais participaram das rodadas para discutir com o público três temas principais: negócios sustentáveis, inclusão de minorias e juventude e meio ambiente.

A grande surpresa dos debates ficou por conta da plateia formada por jovens engajados e conscientes que se mostraram dispostos a discutir caminhos mais eficientes e justos de construir o futuro. Questionando os convidados e propondo debates profundo sobre os mais diversos temas, o público enriqueceu os três fóruns e abrilhantou as explanações das personalidades que estiveram presente.

Leia e ouça os resumos do fórum:

Mas nem todos os participantes do festival estavam tão interessados na sustentabilidade e mostraram que ainda é preciso muito esforço para conscientizar toda a sociedade da importância de se preservar o planeta e promover um desenvolvimento equilibrado.

Na arena era possível ver muito lixo no chão apesar dos dois mil coletores espalhados pelo local. “Estamos tentando construir um projeto do bem, mas não adianta ter milhares de lixeira, por exemplo, se não houver conscientização e cooperação na utilização de todos. Esse é um processo”, comentou o realizador do projeto, Eduardo Fischer.

Para quem esteve presente no festival, a mensagem de que a transformação do mundo começa com cada um de nós foi passada – mesmo que ainda tenha o que melhorar para a sua próxima edição. Foi um primeiro passo e fundamental para que outras grandes mudanças aconteçam.


Fonte: EcoDesenvolvimento


quarta-feira, 19 de maio de 2010

Projeto Ficha Limpa é aprovado no Senado e segue para sanção presidencial

Plenário do Senado inicia votação do Projeto Ficha Limpa. Texto segue agora para sanção de Lula/Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr


O Projeto Ficha Limpa foi aprovado por unanimidade no Senado nesta quinta-feira, 19 de maio, com 76 votos. O texto seguirá agora direto para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sem precisar voltar à Câmara dos Deputados.

Movimentos sociais, governo e oposição saíram satisfeitos do plenário depois da votação em sessão extraordinária que durou cerca de quatro horas.

O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) estimou que cerca de 25% dos futuros candidatos devem ser barrados com a nova lei. “Eu acredito que o número vai ser muito grande, pelo menos 1 em cada 4, porque tem muita gente acostumada a praticar irregularidades e o leque de crimes que passam a provocar inelegibilidade se amplia muito”, projetou.

Para o líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), o texto ainda precisará ser aperfeiçoado no futuro. "É porque ainda é muito genérico, pode cometer injustiças e não pegar quem tem que pegar. Mas é um avanço, sem dúvida”.

Quem também ficou satisfeito foi o secretário-geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Dimas Lara Barbosa. Para ele, que dirige uma das instituições que promoveram o projeto, a nova lei irá inibir os criminosos.

“Ao recorrer [há a possibilidade de efeito suspensivo], o recurso ganhará prioridade para ser julgado. Então, se o candidato tiver culpa no cartório, ele vai preferir cumprir os trâmites normais da justiça e abrir mão da eleição, porque se recorrer ele pode ser preso”. Ainda segundo o religioso, a expectativa é que a nova lei abra precedentes para que a ética no trato com as coisas públicas se amplie.

Mobilização

O Projeto Ficha Limpa é fruto de uma considerável mobilização social. Promovida peloMovimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), a iniciativa também contou com o apoio de 44 representações da sociedade civil organizada, que ajudaram a pressionar pela aprovação.

Nesse sentido, a internet foi fundamental. Redes via web como a Avaaz, que divulgam e disseminam campanhas como a do Projeto Ficha Limpa, ajudaram a engajar cerca de dois milhões de pessoas em todo o país.

“No início, a Ficha Limpa parecia uma utopia, mas logo todo o Brasil se envolveu com o tema e hoje só podemos comemorar, porque é uma vitória do povo”, destacou a diretora do MCCE, Jovita José Rosa.

Além da sanção presidencial, outro aspecto que deverá ser abordado é a validade da lei já nestas eleições. O MCCE entende que não é preciso o prazo de um ano antes do pleito, para que a legislação passe a vigorar. No entanto, outras interpretações entendem que a lei seria aplicada a partir de 2012. A decisão ficará a cargo do Tribunal Superior Eleitoral.

Fonte:EcoDesenvolvimento

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Feliz Dia da Terra!

Você sabe o que que é coberto de água, muito grande, e está sempre girando? Não, não é uma máquina de lavar roupas ou atletas de nado sincronizado (mas sua imaginação seria realmente admirável!). Estamos falando do Planeta Terra, um lugar que todos nós compartilhamos, independente de nossa idade ou de onde somos.

Hoje, dia 22 de abril, é o Dia da Terra (ou Earth Day), um evento mundial para celebrar a natureza e mostrar o que cada um de nós pode fazer para tornar o nosso planeta um lugar melhor. Pessoas pelo mundo todo estão trabalhando em diferentes projetos para melhorar o mundo onde vivemos, seja plantando árvores, reciclando embalagens, ou recolhendo o lixo nas praias e parques.

Se você também quer fazer a sua parte, procure por atividades que estejam acontecendo na sua cidade. Se você não encontrar nada, ou se você tiver ideias para ajudar, faça o seu próprio projeto!

Além disso, você também pode conferir como outros produtos gratuitos da Google podem te ajudar a organizar um clube com facilidade. Talvez você se surpreenda com a quantidade de pessoas que decidam participar!

Fonte: Orkut

terça-feira, 20 de abril de 2010

Desmate causado pelo PAC equivale à metade do município de São Paulo

Os empreendimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), selo criado pelo governo federal em 2007 para agrupar ações de infraestrutura, já desmataram de forma legal no país 730 quilômetros quadrados para o avanço das obras - área equivalente à metade do município de São Paulo, de acordo com levantamento feito pelo jornal Folha de S. Paulo publicado nesta segunda-feira, 19 de abril.

A reportagem se baseou em informações contidas em cada uma das 155 autorizações específicas que foram expedidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para o PAC.

Obras como usinas hidrelétricas, ferrovias e rodovias desmataram nos últimos três anos extensões na região amazônica, no Cerrado e na Caatinga, o que inclui áreas de preservação permanente a exemplo de margens de rios e topos de morros.

Embora as autorizações do Ibama exijam contrapartidas dos empreendimentos, como por exemplo o plantio equivalente à uma área devastada, não existe fiscalização no que diz respeito ao cumprimento de tais condicionantes, segundo relataram à Folha alguns dos servidores ouvidos.

Consequências

Apesar do fator legal que envolve o desmatamento provocado pelas obras do PAC, as consequências causadas pelas obras de pavimentação de rodovias cercadas por florestas preocupam os ambientalistas. Segundo o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), 80% do desmate na região são registrados em um raio de 50 km das margens das estradas.

Ainda não autorizado pelo Ibama, o asfaltamento da BR-319 (Porto Velho-Manaus) é uma das prioridades do PAC, e preocupa pelo potencial desmatador que tem. Já a usina hidrelétrica de Belo Monte, que será construída no rio Xingu (PA), conta com a liberação do órgão do governo, mas enfrenta uma verdadeira enxurrada de críticas de representantes da sociedade civil. O antropólogo e ex-presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Mércio Gomes, afirmou recentemente que o projeto de construção da usina é "malfeito e afetará profundamente cerca de mil indígenas das etnias Arara, Juruna e Xikrin, além de ribeirinhos.

"O Brasil tem uma meta [de redução de gases-estufa, causadores do Aquecimento Global] e precisa monitorá-la por meio do sistema de licenciamento. Não é correto licenciar um volume de empreendimentos que pode estar acima do previsto na meta brasileira", afirmou André Lima, coordenador de políticas públicas do Ipam. Ele defende que a projeção do desmatamento deveria ser levado em conta no momento das autorizações do Ibama, assim como estimativas de emissão de gases-estufa por conta do corte de árvores.

Segundo a Folha, o desmate legal do PAC equivale a 10% da derrubada de árvores na Amazônia Legal entre agosto de 2009 e julho de 2010, quando, segundo o governo, foram devastados 7.008 km2. Na opinião de Adalberto Veríssimo, pesquisador doInstituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o sinal amarelo do desmatamento está ligado.

"A história mostra que o Desmatamento ocorre na sequência de obras de infraestrutura. Agora, o governo diz que não vai acontecer, mas existe o risco com essas obras do PAC", alertou. Em seguida, o especialista pondera: "Isso ainda não está acontecendo, mas é muito cedo tanto para condenar quanto para absolver esse modelo".

Para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, os licenciamentos do Ibama precisam ser tratados como algo estratégico de governo, e não apenas da área ambiental.


Fonte: EcoDesenvolvimento